O desmatamento recorde na Amazônia, a invasão de terras indígenas por grileiros e garimpeiros, os incêndios de grandes proporções em todo o país, com ênfase na própria Amazônia e no Pantanal, o desinvestimento e perseguição à pesquisadores de organizações como o Instituto Chico Mendes e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) são consequências diretas da política de destruição adotada pelo atual governo.
Alinhado com os setores conservadores e negacionistas da sociedade, o governo Bolsonaro vem acumulando recordes quando se trata da destruição da cobertura florestal e dos biomas brasileiros. Só entre os anos 2019 e 2021, a perda da floresta ultrapassou os 10 mil km² ao ano, de acordo com nota técnica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM. Além disso, as terras públicas concentraram 51% do desmatamento no período, sendo que 83% delas são de domínio federal.
De acordo com um relatório do IPAM, falar da Amazônia no contexto de agricultura familiar, sustentabilidade e desenvolvimento rural é importante não só para a região ao norte do país, onde a floresta está localizada, mas para o Brasil como um todo, já que, desde que esteja em pé e preservada, a floresta presta serviços ambientais e ecológicos, como a manutenção do equilíbrio climático e do regime de chuvas, que entre outros benefícios, promove a segurança alimentar e energética do Brasil.
A agricultura familiar é uma alternativa economicamente viável, socialmente justa e pode ser ambientalmente correta, que possibilita não só o sustento das famílias que vivem através dela, mas também é a principal fornecedora de alimentos para o consumo da população brasileira. Segundo dados do Censo Rural do IBGE de 2017, 77% dos estabelecimentos rurais brasileiros se enquadram nesse modelo, o que equivale a 23% de toda a produção agropecuária do país. Além disso, 71,2% das cooperativas operantes no Brasil são constituídas pela agricultura familiar.
- Ampliação dos investimentos federais na agricultura familiar, que é o maior gerador de empregos no campo e maior produtor de alimentos; - Preferência ao acesso a financiamentos aos produtores nacionais, à pequena e média propriedade agrícola, em especial à agricultura familiar – Mais recursos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF – Ampliação e facilitação do acesso ao crédito rural voltados à produção e a compra de equipamentos agrícolas
- Compromisso com a soberania alimentar, por meio de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural, com reforma agrária e agroecológica; – Política de compras públicas que incentivem a produção de alimentos saudáveis e estimulem a ampliação das relações diretas dos pequenos produtores e consumidores no entorno das cidadesm é possível derrotarmos a fome!; – Políticas que estimulem a participação das mulheres na produção e na comercialização de alimentos da agricultura familiar; – Apoio à instituição da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA), PL 6.670/2016 e veto ao PL 6.299/2002 (PL do Veneno).