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Deputada Federal Denise Pessôa debate próximos passos para instalação da universidade federal na Serra

Com o plenário lotado, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, foi palco na noite desta terça-feira (12) de um seminário para debater os próximos passos para a instalação do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra Gaúcha. Promovido pela frente parlamentar que trata do assunto no Legislativo caxiense, em conjunto com Fórum das Entidades, Movimentos e Pastorais Sociais, com a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE) de Caxias, o evento durou mais de duas horas.

Liderança nacional à frente da extensão da instituição na região, a deputada federal Denise Pessôa (PT), ressalta a importância de atender os anseios da juventude. “Com uma instituição de ensino superior gratuita na nossa região, os nossos estudantes vão se animar a entrar na universidade, porque hoje muitos alunos não têm essa perspectiva de acessar o ensino superior. A UFRGS vai abrir uma porta bem grande para os nossos estudantes. A gente quer ensino, pesquisa e extensão e a nossa universidade federal será um marco, teremos um antes e depois da UFRGS na Serra”, destaca a deputada.

Representando os estudantes, Guilherme Peglow, diretor da União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMESC), comemorou a conquista, mas avaliou que é necessário que a instituição seja acessível aos alunos de escola pública. Para ele, o desafio enfrentado pelos alunos é o sucateamento da rede pública de ensino que não prepara os estudantes para que possam ingressar em uma instituição como a UFRGS.

A reitora da UFRGS, Márcia Barbosa, por sua vez, apresentou detalhes da universidade, e ressaltou que a missão é se empenhar para que os alunos concluam os cursos, sendo que 50% são cotistas, ou seja, estudantes que cursaram o ensino público.

“Para trazer a universidade para a Serra temos que pensar no modelo esperado pela região, e por isso foi criada uma comissão para pensar até mesmo qual o melhor modelo de ingresso na instituição. Qual o público? E essa conversa é necessária para que os cursos que trouxermos sejam os que interessem a região. Vamos desenhar um futuro que ainda não existe, e vamos construir juntos comunidade, empresários, entidades, lideranças, e todos os dias, eu serei sua reitora, porque a UFRGS é de todos nós”, ressalta Márcia.

A Coordenadora do Fórum das Entidades, Movimentos e Pastorais Sociais, Marisa Formollo, liderou o seminário. Ela convidou a plateia a descrever com uma palavra o que significa ter acesso a uma universidade federal gratuita. O público respondeu: evolução, mudança, oportunidade, liberdade, construção, esperança, aprendizado, democracia, futuro, vitória, potencialização e emancipação

Já a presidente da Frente Parlamentar, vereadora Rose Frigeri (PT), destacou a alegria de ver o plenário cheio para debater novamente a instalação da UFRGS. Ela ressaltou que para o processo ser positivo tem que ir ao encontro dos anseios dos estudantes e da comunidade, e por isso, é importante ouvir os jovens que estão cursando o ensino médio.

Comissão para definir cursos

A previsão é que o projeto com os cursos que serão ofertados e a infraestrutura necessária para receber os alunos seja apresentado até dezembro. O Governo Federal inclusive já solicitou que a Caixa Econômica Federal realize uma avaliação orçamentária do Campus 8 da Universidade de Caxias do Sul, que é uma possibilidade para receber a extensão.

Além disso, já havia sido criada uma comissão para definir os cursos que estarão disponíveis na Universidade Federal. O grupo é coordenado pela professora Maria Beatriz Luce, primeira reitora da UFSC e responsável pela criação do campus da Unipam, e pela professora Liane Loder, responsável pelo campus do Instituto Eleitoral Norte da UFRGS. A comissão também conta com a participação da reitor da UFRGS, Márcia Barbosa, das técnicas Nara Magalhães, Gabriela Branco e Irma Bueno, além dos estudantes Hector de Oliveira, Jéssica Pereira da Silva e Marcela Duarte.

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