Somos um país feito de gente que vai à luta. Milhões de cidadãos que, em busca da realização de seus sonhos, acordam antes mesmo de o sol raiar. Como protagonistas de suas histórias, estão o empreendedorismo e o emprego, essenciais para assegurar a renda que leva o alimento para dentro de casa. Testemunhamos esse cotidiano de trabalho diariamente na Serra Gaúcha.
Sejam as trabalhadoras e os trabalhadores que atuam com carteira assinada ou aqueles que criam os seus próprios negócios, todos que estão no mercado de trabalho precisam contar com políticas de incentivo e apoio para se manterem. Fruto do espírito de mudança e da vontade de fazer diferente, o empreendedorismo se refere à transformação de ideias em negócios, produtos ou serviços. Entendo este como um dos pilares da geração de renda e também, como um dos braços da inovação, que acaba gerando muitas soluções a uma sociedade que está em constante avanço.
O Brasil é forte e precisa valorizar a indústria nacional. São milhares de famílias que buscam neste setor o seu sustento. Com uma indústria forte, valorizamos os profissionais brasileiros, temos o desenvolvimento da economia local com geração de empregos diretos e indiretos, incentivamos novas pesquisas, ampliamos a tecnologia envolvida e agregamos valor aos produtos.
Acredito que fortalecer a geração de emprego digno com carteira assinada seja outro pilar para a geração de renda. Penso que as camadas mais vulneráveis da população devem ser assistidas nesta questão. Garantir a oportunidade do primeiro emprego à população jovem também deve ser prioridade. Portanto, é fundamental criar e fortalecer políticas públicas que visem fomentar a sinergia entre trabalho formal, renda e empreendedorismo.
No contexto atual brasileiro não podemos esquecer do combate à fome. Segundo dados do governo federal, 33 milhões de pessoas passam por algum grau de insegurança alimentar no Brasil. Além de trabalharmos para que os alimentos cheguem na casa das pessoas, precisamos pensar em formas de valorizar o produtor rural familiar. Nossa região é grande produtora de hortifrutigranjeiros do Rio Grande do Sul e merece atenção e incentivo do governo.
Para 2023 acredito, ainda, que se mostra necessária a retomada de políticas habitacionais no país. Além de aquecer o setor produtivo da construção civil, muito forte em nossa região, gera emprego direto e indireto, renda e também promove o acesso à uma moradia digna para as pessoas, ampliando assim, seu direito à cidade.
Por fim, destaco a necessidade de pensarmos em novas matrizes econômicas além do reforço de algumas já existentes. O turismo é uma delas. A Serra Gaúcha, rica em belezas naturais, tem um grande potencial nesta área e vem mostrando isso. Caxias do Sul, porém, precisa alavancar novas formas de tornar este, que é um setor com alto potencial, em uma matriz econômica forte para a economia da cidade. Somente com o apoio e a valorização dos setores produtivos nacionais, poderemos garantir a dignidade de homens e mulheres em todas as modalidades de trabalho em nosso país.
